segunda-feira, 2 de julho de 2012

Banda de Pífanos


Pífano é um conjunto instrumental de percussão e sopro, dos mais antigos, característicos e importantes da música folclórica brasileira. Na feição nordestina a banda de pífanos é uma criação do mestiço brasileiro, que com sua criatividade e intuição musical adaptou o instrumental, dando-lhe a forma típica pela qual é conhecida no folclore brasileiro.

Geralmente, é composta por dois pífanos, uma caixa, um bombo, um surdo e um tambor. O pífano é o comandante da banda, ele usa um instrumento semelhante a flauta, feito de taquara, uma madeira muito comum nas matas do sul de Pernambuco.

Uma das mais famosas aqui no nordeste, é a Banda de Pífinos de Caruaru. Clique e conheça mais sobre a banda.



Cantigas de Ninar




 "Acordei de madrugada,
Fui varrer a Conceição,
Encontrei Nossa Sra
Com seu raminho na mão.
Eu lhe pedi um raminho,
Ela me disse que não,
Eu lhe tornei a pedir,
Ela me deu seu cordão.
Numa ponta Sto Antônio,
Noutra ponta São João,
No meio Nossa Sra
Com seu lencinho na mão.
Cala a boca, iaiazinha,
Que seu pai já vem já,
Já foi buscar timão de seda,
forrado de tafetá. "


"Boi, boi, boi
boi da cara preta
pega este menino
que tem medo de careta
Não, não, não
não coitadinho
ele está chorando
mas é tão bonitinho. "


"Dorme, dorme, meu filhinho
é noite, papai já veio
Teu maninho também dorme
embalado no meu seio.
Dorme, dorme, meu filhinho
que as aves já estão dormindo
E as estrelas cintilantes
Lá no céu estão luzindo
Anunciando que horas
o galo cucaricou
E lá na torre da igreja
a mesma hora soou. "





Cultura Nordeste: Cantigas de Roda




A Barata diz que tem

A Barata Diz Que Tem
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !

A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim

A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura

A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim

A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura

A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim
A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura

A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado
A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado
A barata diz que tem sete sais de filó

A Canoa Virou

A canoa virou
Pois deixaram ela virar
Foi por causa da Maria
Que não soube remar

Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava a Maria do fundo do mar

Siri pra cá,
Siri pra lá
Maria é bela
E quer casar.

Ai, Eu Entrei na Roda

Refrão - Ai, eu entrei na roda
Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na "rodadança"
Ai, eu não sei dançar

Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um
Tenho sete namorados só posso casar com um

Namorei um garotinho do colégio militar
O diabo do garoto, só queria me beijar

Todo mundo se admira da macaca fazer renda
Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda

Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira
Lá se vai o meu benzinho, no vapor da cachoeira

Essa noite tive um sonho que chupava picolé
Acordei de madrugada, chupando dedo do pé.



domingo, 1 de julho de 2012

Luiz Gonzaga "O Rei do Sertão"

Luiz Gonzaga nasceu numa fazendinha no sopé da Serra de Araripe, na zona rural do sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Sua mãe chamava-se Ana Batista de Jesus (ou simplesmente Santana). Seu pai, Januário José dos Santos, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos Luiz teve sua primeira paixão: Nazarena, uma moça da região. Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro e ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazarena namoraram algum tempo escondidos e planejavam ser felizes juntos. Januário e Santana lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça. Revoltado por não poder casar-se com a moça, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato (Ceará). A partir dali, durante nove anos ele ficou sem dar notícias à família e viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Não teve mais nenhuma namorada, passando a ter algumas amantes ao longo da vida.
Em Juiz de Fora, Minas Gerais (MG), conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical.
Em 1939, deu baixa do Exército na Cidade do Rio de Janeiro: Estava decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar nas áreas de prostituição da cidade. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, foxtrotes e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe , um tema de sabor regional, de sua autoria. O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e mexe foi a primeira música que gravou em disco.
Veio depois a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Foi lá que tomou contato com o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos da sua região. Foi do contato com este artista que surgiu a ideia de Luiz Gonzaga apresentar-se vestido de vaqueiro - figurino que o consagrou como artista.
Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: A mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes dos Santos deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga mantinha um caso há meses com a moça - iniciado quando ela já estava grávida - Luiz, sabendo que sua amante ia ser mãe solteira, assumiu a paternidade da criança, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior.
Odaléia, que além de cantora de coro era sambista, foi expulsa de casa por ter engravidado do namorado, que não assumiu a criança. Ela foi parar nas ruas, sofrendo muito, até que foi ajudada e descobriu-se seu talento para cantar e dançar, e ela passou a se apresentar em casas de samba no Rio, quando conheceu Luiz. A relação de Odaléia, conhecida por Léia, e Luiz, era bastate agitada, cheia de brigas e discussões, e ao mesmo tempo muita atração física e paixão. Após o nascimento do menino, as brigas pioraram, já que havia muitos ciúmes entre os dois. Eles resolveram se separar com menos de 2 anos de convivência. Léia ficou criando o filho, e Luiz,às vezes, ia visitá-los .
Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e teve um emocionante reencontros com seus pais, Januário e Santana, que há anos não sabiam nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo. O reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira.
Em 1948, casou-se com sua noiva, a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular, por quem Luiz se apaixonou. O casal viveu junto até o fim da vida de Luiz. Eles não tiveram filhos biológicos, por Helena não poder engravidar, mas adotaram uma menina, a quem batizaram de Rosa.
Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose, para desespero de Luiz. O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão com 2 anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e Helena, e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas Helena não aceitou, juntamente com sua mãe, Marieta, que achava aquilo um absurdo, já que nem filho verdadeiro de Luiz era. Luiz não viu saída: Entregou o filho para os padrinhhos da criança, Leopoldina e Henrique Xavier Pinheiro, criá-lo, no Morro do São Carlos. Luiz sempre visitava a criança e o menino era sustentado com a assistência financeira do artista. Luizinho foi criado como muito amor. Xavier o considerava filho de verdade, e lhe ensinava viola, e o menino teve em Dina um amor verdadeiro de mãe.
Luiz não se dava bem com o filho, apelidado de Gonzaguinha. Ele passou a não ver mais o filho na infância do menino e sempre que o via brigava com ele, apesar de amá-lo, achava que ele não teria um bom futuro, imaginando que ele se tornaria um malandro ao crescer, já que o menino era envolvido com amizades ruins no morro, além de viver com malandros tocando viola pelos becos da favela. Dina tentava unir pai e filho, mas Helena não gostava da proximidade deles, e passou a espalhar para todos que Luiz era estéril e não era o pai de Luizinho, mas Luiz sempre desmentia, já que ele não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no civil. Ele amava o menino de fato, independente de ser filho de sangue ou não.
Na adolescência, o jovem se tornou rebelde, não aceitava ir morar com o pai, já que amava os padrinhos e odiava ser órfão de mãe, e dizia sempre que Luiz não era seu pai biológico, o que entristecia-o. Helena detestava o menino e viva implicando com ele, e humilhando-o e por isso Gonzaguinha também não gostava da madrasta Helena, o que afastou e causou mais brigas entre pai e filho, já que Luiz dava razão à esposa. Não vendo medidas, internou o jovem em um colégio interno para desepsero de Dina e Xavier. Gonzaguinha contraiu tuberculose aos 14 anos e quase morreu. Aos 16, Luiz pegou-o para criar e o levou a força para a Ilha do Governador, onde morava, mas por ser muito autoritário e a esposa destratar o garoto, o que gerava brigas entre Luiz e Helena, Gonzaga mandou o filho Gonzaguinha de volta ao internato.
Ao crescer, a relação ficou mais tumultuada, pois o filho se tornou um malandro, tornando-se viciado em bebidas alcoólicas. Ao passar o tempo, tudo foi melhorando quando Gonzaguinha resolveu se tratar e concluiu a universidade, e se tornou músico como o pai. Pai e filho ficaram mais unidos quando em 1980 viajaram o Brasil juntos, quando o filho compôs algumas músicas para o pai. Eles se tornaram muito amigos, e conseguiram em fim viver em paz.
Luiz Gonzaga sofria de osteoporose há alguns anos. Morreu vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha "persona non grata" em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal.
Luiz Gonzaga era Maçon e é o compositor, juntamente com Orlando Silveira, da música "Acácia Amarela". Luiz Gonzaga foi iniciado na Loja Paranapuan, Ilha do Governador, em 03/04/1971.
Em 2012, Luiz Gonzaga foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, com o enredo "O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão", fazendo com que a escola ganhasse o carnaval deste respectivo ano.

Religião

Século XVI, escravos negros africanos são trazidos para o Brasil. Assim se deu a origem de uma nova cultura religiosa e material, baseada nos costumes desse povo. Fazem parte desse período, cultos dedicados a Orixás, tais como Oxalá, Xangô, Ogum, Oxóssi, Omulu, Oxumarê, Euá, Iansã, Obá, Oxum, Nanãburuku, entre outros. Aos poucos, essas entidades foram identificadas com os santos da Igreja Católica, para continuarem a ser cultuados sem riscos de perseguição, e sem perder o seu lado místico.
São diversas as lendas relacionadas aos Orixás, cheias de aventuras e emoções. Dentre algumas das curiosidades que cercam a crendice relacionada às crianças e ao sertanejo, é comum ouvir dizer que: a mãe deve usar figas no bracinho de suas crianças (para preservar do mal olhado) ou, que, quando nascem dois gêmeos, o primeiro é feliz e o segundo não; que para curar um menino gago, é necessário bater com uma colher de pau na cabeça dele três vezes, em três sextas-feiras seguidas, e, que se chover no dia de São José (19 de março) haverá um bom inverno (do contrário haverá seca), dentre muitas outras.

sábado, 30 de junho de 2012

Algumas receitas Nordestinas

Assado de Pamonha

Ingredientes

  • 4 ovos;
  • 200 g de calabresa cortada em cubos;
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo;
  • 2 xícaras (chá) de leite;
  • 2 latas de milho verde (escorrido);
  • 1 colher (chá) de sal;
  • 2 colheres (sopa) de salsinha picada;
  • 2 colheres (chá) de fermento em pó
  • 4 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado;
  • 4 colheres (sopa) de margarina;

Modo de Preparar

  • Frite as rodelas de calabresa e depois separe algumas. No liquidificador, bata o leite, os ovos, o milho verde e a margarina. Bate até formar uma massa homogênea e lisa.
  • Coloque essa mistura em um recipiente e acrescente o queijo parmesão, a farinha de trigo, a calabresa, o sal, a salsinha picada e o fermento em pó. Misture bem tudo, até que os ingredientes estejam misturados.
  • Unte e enfarinhe uma forma com um furo central. Distribua na forma as rodelas de calabresas separadas e despeje por cima a massa. Leve para o forno e deixe por lá por volta de 45 minutos, ou até que fiquem douradas as bordas.

Farofa do Sertão

Ingredientes:

Meia cebola picada
Meia xícara de chá de leite
Meia xícara de chá de água
Cheiro verde picado a gosto
2 colheres de sopa de manteiga
3 xícaras de chá de farinha de mandioca

Farofa
Farofa

Modo De Preparo:

Em uma panela baixa e larga, em que seja fácil mexer seu conteúdo e que não aqueça rapidamente, refogue a meia cebola reservada, picada em pequenos pedaços, nas duas colheres de manteiga. Na hora de fritar, acrescente, se desejar, uma folha de louro seca, mas retire assim que perceber que as cebolas estão douradas. O louro produz um sabor suave e agradável à farofa. Mexa bem enquanto refoga, tomando cuidado para que a manteiga forme uma película sobre toda a superfície da panela a fim de evitar que a farinha grude no fundo quando for acrescentada.

Farofa Do Sertao
Farofa Do Sertao
Adicione a meia xícara de chá de leite e a meia xícara de chá de água, até formar uma mistura homogênea. Desligue o fogo e deixe este líquido reservado descansar até que esteja completamente frio. Atenção: deixar esfriar naturalmente, não coloque na geladeira ou tente resfriá-lo de outra forma semelhante.
Acrescente na panela com a cebola refogada na manteiga, a água e o leite, as três xícaras de farinha de mandioca, mexendo lentamente para dissolvê-la em meio ao líquido. Coloque também cheiro verde picado bem fino e misture bem. Se achar necessário, acrescente mais farinha de mandioca, buscando a textura que mais lhe agradar.

A Farofa do Sertão deve ficar meio úmida, a aparência é como se estivesse empelotada. Não se preocupe, pois é um efeito esperado a partir da mistura da farinha no leite, este tipo de granulação pode acontecer.

A Farofa do Sertão é uma receita muito fácil de fazer, sem muito segredo. Basta somente algum cuidado e carinho no preparo. Por ser, como toda farofa, um prato seco, é recomendado o uso de fogo brando, pois tem um preparo rápido. A receita é uma ótima opção para inovar como acompanhamento em refeições cotidianas.

A Farofa do Brasil pode acompanhar pratos de carne vermelha ou branca e pode ser servida junto com arroz e molho. Uma boa opção é rechear assados na hora de servir com a farofa. Em um consumo mais cotidiano, a farofa é um acompanhamento ao feijão e arroz, que são típicos do prato do brasileiro.

Farofa Tipica
Farofa Tipica
Além do mais, por não possuir carne em sua preparação original, pode ser uma opção também em combinações vegetarianas. Porém, para pratos veganos, recomenda-se a substituição dos ingredientes oriundos de origem animal, como o leite e a manteiga, por equivalentes orgânicos, como leite de soja e óleo vegetal. Entretanto, pode ocorrer uma sensível variação no sabor.

Pinhão Frito
Ingredientes
  • 15 pinhões (cozidos e descascados);
  • 1 ovo;
  • 3 colheres (sopa) de farinha de rosca;
  • 50 g de queijo prato ou provolone;
  • Orégano (a gosto);
  • Sal (a gosto);
  • Pimenta do reino (a gosto);
  • Óleo para fritar;
  • Palitinhos;
Pinhão Frito
Pinhão Frito

Modo de Preparar

  • Ao cozinhar o pinhão, adicione o sal. Depois de cozidos descasque-os e corte-os no sentido do comprimento, e o queijo também, de modo que fique do mesmo tamanho do pinhão. Caso você não tenho cozinhado o pinhão com sal, essa é a hora de você acertar o tempero.
  • Faça uma mistura com a pimenta e o orégano, e passe o pinhão nessa mistura. Quebre os palitinhos ao meio, faça ponta afiadas na parte quebrada e coloque-os para espetar o pinhão e o queijo, formando os casadinhos. Em um recipiente bata o ovo com a farinha de trigo e depois passe o pinhão casadinho nessa mistura. Para finalizar leve os casadinhos para fritar em óleo já aquecido.

Culinária Nordestina

Uma culinária de gosto forte, bem temperada e com muitas nuances é o que caracteriza a culinária nordestina, que mescla a beleza de seus litorais, com a seca e a fome do cerrado, com a maior população de estados das regiões brasileiras, ao contrário do que se pode pensar é facílimo identificar os traços da cozinha nordestina.
Basicamente, podemos dividir a culinária nordestina em duas partes, uma seria a do litoral, onde foram criadas receitas à base do que mais se encontra por ali, peixes e frutos do mar. Já o sertão se sustenta com as carnes de boi e a farinha de mandioca, aliás, é uma preferência regional, já que todos de todos os estados consomem este tipo de produto.
Carne e Mandioca

Cozinha do Litoral

O litoral nordestino é banhado pelo Atlântico, refletindo à chegada dos colonizadores por aqui, a maior porção coberta é a da Bahia e a menos favorecida é a da Paraíba, com o menor trecho de água.
Exceção feita à Bahia, onde o predomínio da culinária foi somente dos escravos africanos, nos oito estados restantes à região, se formou um misto da técnica dos colonizadores, aliada à pimenta e o azeite de dendê dos africanos mais o milho e amandioca dos indígenas e estava pronta a cozinha do nordeste.
Na culinária do litoral quem manda são os peixes, e os mais utilizados são o robalo a tainha e o cação, muito embora devido à grande aceitação se utilizem muitos frutos do mar, e os crustáceos notadamente a lagosta e principalmente o carangueijo.
Caranguejo

Importante Fonte de Renda

O caranguejo constitui uma vasta fonte de renda ao nordestino, pois dá emprego há muitas pessoas, desde a sua coleta nos mangues até sua degustação como prato nos restaurantes, é uma indústria da qual o nordestino se agrada e orgulha por construir dignidade aos pés de um animal tão servil.
Outra maneira de se encontrar o caranguejo no nordeste é o caranguejo cevado, alcunha local para os caranguejos criados no cativeiro, a base de ração, e por isso “cevados”. Alcançam um tamanho bem superior ao do caranguejo do mangue e geralmente são servidos como porção nos quiosques e restaurantes da orla.

A Nuance de Sabores

Um dos pratos que mais podem ilustrar a riqueza de detalhes da cozinha nordestina é a moqueca, cujo modo de preparo é diferente em cada um dos estados da região, muito embora não fuja de peixe cozido com pimentão, tomate e coentro, mas que sofre alterações de canto por canto do Nordeste. Em Pernambuco o peixe é servido depois de passado na farinha de mandioca e depois cozido, no que resulta numa espécie de pirão. Já na Bahia leva dendê, o que não ocorre em nenhuma outra região, em Sergipe é feito com leite de côco preparado artesanalmente.
Moqueca de Peixe

As Danças Nordestinas

Festas e Danças
Em geral, as festas no Brasil se voltam para uma reunião de pessoas que comemoram um batizado, um casamento, uma data cívica, ou o dia consagrado a um santo. As datas comemorativas brasileiras mais esperadas do ano são o Natal, o Carnaval e o São João.
A seqüência de gestos, passos e movimentos corporais, acompanhados pelo ritmo musical, que expressam estados emocionais e situações 'imaginárias' de uma cultura, são chamados de Dança. É a partir dos costumes populares que se dá sua origem, seja ela ritual, mágica, religiosa, voltada para a guerra ou para a arte.
No Brasil, a dança é um dos pontos mais fortes da cultura. Conhecido por seu povo alegre e entusiasmado, o país possui os estilos mais variados e significativos, como produto de uma grande difusão cultural.

Danças de destaque no folclore brasileiro:

Bumba-Meu-Boi
O Nordeste é considerado berço das principais variedades, tais como: boi calemba, bumba (Recife), boi-de-reis, boi-bumbá (Maranhão, Pará, Amazonas), Três pedaços (Porto da Rua, Porto de Pedras) em Alagoas. A narrativa encenada sobre o boi é muito semelhante nas diferentes regiões do país. No Maranhão, o boi é tocado com pandeirões e roncador (uma cuíca enorme, de som grave). No sul utiliza-se o acordeão. Mas um dos mais populares nos últimos anos é o boi-bumbá no Amazonas. O folclore caboclo é celebrado nas fantasias dos blocos de boi-bumbá, versão amazonense muito popular do bumba-meu-boi.

















Capoeira
A Capoeira chegou no século XVI ao Brasil, com os escravos africanos. Sua prática era aplicada com os pés e a cabeça para defenderem-se dos europeus, lutavam com as mãos, tanto para o ataque quanto para defesa. A capoeira foi camuflada na forma de pantomimas mímicas e danças, para evitar a repressão dos senhores de escravos e da polícia. Sempre ao som da música de berimbaus, da boca e das palmas, sua prática tornou-se popular em todo o país.















Frevo
Essa dança de rua e salão é a maior atração do carnaval pernambucano. Característica pela marcha de ritmo sincopado, violento e frenético, trata-se de uma dança coletiva, que se desenvolve em meio à multidão até ferver. Essa idéia de fervura (que o povo pronuncia frevura, frever) deu origem ao nome "frevo". O frevo possui um andamento semelhante ao da marchinha carioca, mais pesada e barulhenta, mas com execução vigorosa e estridente como a de fanfarra. Seu símbolo é o guarda-chuva, que serve para manter o equilíbrio dos passistas. O curioso é que a coreografia dessa dança de multidão é individual. Seus foliões dançam de modos diversos, são raros aqueles que fazem gestos iguais.


Maracatú
O maracatu tem origem africana, baseado nas cerimônias de coroação dos reis do Congo. O ritmo é marcado apenas com percussão, produzindo aquilo que chamam de "baque virado", o qual instiga à dança. No início, a tradição se deu pela necessidade que os chefes tribais vindos do Congo e Angola tinham de mostrar sua força e poder, mesmo com a escravidão. Foi símbolo da resistência negra no Brasil contra a dominação portuguesa, passando com o tempo a ser incorporado à cultura brasileira. Atualmente o maracatu, entre outras manifestações populares, fazem parte do carnaval pernambucano.

Reisado
Dança popular profana-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.

Cateretê
Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.

Baião
Dança e canto típico do Nordeste, inicialmente era o nome de um tipo de festa, onde havia muita dança e melodias tocadas em violas. Este gênero musical que era restrito ao sertão nordestino, passou a ser conhecido em todo Brasil, por intermédio do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quando gravou em 1946, seu primeiro grande sucesso Baião. A partir daí e até meados da década de 1950, este ritmo tomou conta do Brasil e vários artistas começaram a gravar o baião. Em 1950, este gênero musical também passou a ser conhecido internacionalmente, o baião Delicado do instrumentista e compositor Valdir Azevedo, recebeu várias orquestrações de maestros americanos. O baião só perdeu o seu reinado com a aparecimento da bossa nova, mesmo assim ainda se sente sua influência em muitos compositores até os dia de hoje. Com seu ritmo binário e suas melodias a fazer muito sucesso no nordeste.

Congada
Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.

Coco
Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.





Xaxado
Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião", considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço". É dançada somente por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões e teatros.



A dança é a manifestação espontânea de uma coletividade; seu cenário geralmente são as ruas, largos e praças públicas.
As  danças de origem negra são muito numerosas, pois o negro sempre foi dançador.
Quanto a motivação as danças podem ser:
RELIGIOSAS: Santa Cruz, São Gonçalo, Cururu.
FUNERÁRIOS: Axexê
MÍMICAS: quando os dançadores imitam alguma coisa.
LÚDICOS: como as danças de roda das crianças.
PROFANAS: fandango, quadrilha, jango, batuque, coco.
GUERREIROS: Congada, Mouros e Cristãos.
DRAMÁTICOS: Maracatu, sendo alguns também de cortejo.

Cultura Nordestina


O nordeste é composto por nove estados que são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.